Thursday, July 30, 2009

Lições

Sábado de manhã, o Lucas apanhou-me desprevenida e tratou de agarrar o copo de água que eu tinha na mesa de cabeceira. Antes que eu conseguisse chegar ao pé dele para evitar o inevitável, ele levou o copo à boca e, para meu espanto, deu apenas um golinho… sem entornar. Eu interrompi a cena, não fosse tentar a sorte e consumar-se o acidente, mas resolvi, nesse mesmo dia, comprar copos de plástico normais e iniciar o “treino”, mas pensando que fosse talvez ainda um bocadinho cedo para essa etapa.
Ontem quando chegamos a casa, e como sempre, o primeiro pedido foi sumo (“juss”… agora que já dizem quase tudo em inglês), e eu resolvi que era mesmo boa altura. Sentei-os à mesa e trouxe o sumo em copos de gente grande, e preparei-me para os ajudar e assistir na complicada tarefa de não entornar e não se engasgarem. E não é que ambos pegaram no copo, com a maior das calmas, e com toda a destreza beberam o sumo? Sem salpicos ou engasgadelas! E eu, que não tive nada a ver com o assunto… senti-me um bocadinho traída. Então afinal já sabiam? Onde é que eles aprenderam a usar um copo? Não foi comigo! Tenho que perguntar hoje na creche como é, porque eu mandei os copinhos deles com tampas e palhinhas. É que eles já não bebiam de biberão desde os 9 meses, mas têm usado o que eles aqui chamam “sippy cups” (não sei como se diz em português…), mas esta foi uma lição para a mãe. Não subestimar os filhos. Mesmo quando eles ainda nem sequer fizeram dois anos!
Já comem sozinhos… escusado será dizer que ainda fazem considerável porcaria, mas nem pensar em oferecer ajuda, que no caso do Thomas é tida como uma imperdoável ofensa, e pode incusivamente resultar no termino da refeição. Confesso que não esperava estas manifestações de independência tão cedo. Estão convencidos que já não precisam de mim para nada! Eu ontem pelo menos já aprendi que eles já não precisam de mim para tudo…

Thursday, July 16, 2009

RFM

Foi hoje de manhã, quando estava a ler os meus e-mails e a tentar organizar a sobrecarregada inbox, que surpreendentemente me aparece uma janelinha que dizia “Cris?”
Endireitei-me em excitação e entusiasmo pela promessa de uma pequena actualização tua. Eu não sei muito bem como involuntariamente me vi “ligada” ao yahoo! Messenger, mas ainda bem que lá estava e me encontraste. Que pena estares tão ocupado… afinal não passou de uma ameaça, e a conversa terá que ficar para a próxima. Mas se tu soubesses as saudades que eu tenho de ti. Das nossas conversas, tanto quanto da ausência de palavras... tantas vezes para nós redundantes e desnecessárias. Se eu já por defeito, em repouso e sem estímulo exterior sou de natureza nostálgica (uma das coisas em que somos mesmo muito parecidos), esta manhã foste o catalizador do transbordo de memórias (boas!!) que me tem estado a distraír o dia todo. E eu que tenho tanto que fazer hoje!!
Se fiquei na mesma sem saber nada do teu presente, estou neste momento a ouvir a banda sonora do nosso passado: está a tocar no Oceano Pacifico (those were the days of our lives, the bad things in life were so few…). Estou capaz de apostar que estás a fazer o mesmo.
Bom, vou voltar às minhas leituras, estou novamente a escrever um projecto para financiar os proximos 2 anos de investigação. Temos que combinar um encontro virtual para eu te contar as novidades. Espero que este desabafo me liberte de ti, de nós e dos nossos… até que me apanhes outra vez!!
Beijocas, e ate já…